Descrição
Este livro fala da uberização do trabalho, fenômeno que suscita debates no mundo todo a respeito dos limites entre o trabalho autônomo e a relação de emprego. Afinal, motoristas de aplicativos e entregadores delivery são ou não empregados das empresas desenvolvedoras de aplicativos digitais? Para responder a estas e outras perguntas, a obra investiga se existe subordinação na prestação de serviços para Uber, elemento essencial para caracterização da relação de emprego. Com esse objetivo, o autor que também é membro do Ministério Público do Trabalho coteja sua experiência pessoal como motorista daquela plataforma na região metropolitana de Salvador/BA com questões do direito, da sociologia e da antropologia. A partir dessa perspectiva multidisciplinar são demarcados os limites entre o trabalho formal e informal, analisadas as estratégias empresariais, típicas do capitalismo de vigilância, e finalmente evidenciados os mecanismos pelos quais os motoristas são cooptados para uma relação de emprego escamoteada, caracterizada pela precarização de direitos. Assim, o livro demonstra como a Uber faz uso sistemático da tecnologia para estruturar um modelo de subordinação sob nova roupagem, mas com as mesmas premissas, que não deixa de enquadrar o trabalho realizado por seus motoristas como típica relação de emprego.
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